Dentro da estrutura do IFRS S1, o pilar Estratégia representa o coração da sustentabilidade empresarial. É aqui que as boas intenções se transformam em planos concretos — conectando o impacto ambiental e social diretamente aos resultados financeiros e à geração de valor no longo prazo.
A NBC TDS 01 define que a entidade deve divulgar sua estratégia para lidar com riscos e oportunidades de sustentabilidade, demonstrando de que forma esses fatores influenciam o modelo de negócios, o planejamento financeiro e a resiliência da empresa. Já a NBC TDS 02 aprofunda esse conceito no contexto climático, exigindo que as empresas revelem como riscos físicos e de transição podem afetar seus fluxos de caixa e decisões de investimento.
Índice
1. O que o IFRS S1 exige na prática
O objetivo desse pilar é permitir que investidores e demais usuários entendam como a empresa enxerga e responde aos impactos da sustentabilidade sobre seu negócio.
Isso envolve divulgar:
- Quais riscos e oportunidades são considerados mais relevantes;
- Como esses fatores afetam o modelo de negócios e a cadeia de valor;
- De que forma eles influenciam a estratégia corporativa e o planejamento financeiro.
Em outras palavras, o IFRS S1 pede que a empresa mostre como a sustentabilidade está integrada à tomada de decisão, e não tratada de forma paralela.
2. Riscos e oportunidades: a base da estratégia
De acordo com a NBC TDS 02, a empresa deve mapear riscos físicos (como enchentes, secas, desastres naturais) e riscos de transição (como mudanças regulatórias, tecnológicas e de mercado).
Ao mesmo tempo, deve identificar oportunidades relacionadas ao clima, como inovação em produtos sustentáveis, eficiência energética e novos nichos de mercado.
Essas informações ajudam a definir planos de ação estratégicos, alocação de recursos e investimentos prioritários, mostrando ao mercado que a empresa possui uma visão de longo prazo e está preparada para se adaptar.
3. Resiliência e análise de cenários
Um dos pontos mais inovadores do IFRS S1 é a exigência de uma análise de resiliência climática.
As empresas precisam demonstrar se suas estratégias são capazes de resistir a diferentes cenários — por exemplo, um aumento da temperatura global, novas políticas de carbono ou escassez de recursos naturais.
Segundo o apêndice da NBC TDS 02, essa análise pode começar de forma simples, mas deve evoluir com o tempo, incorporando dados e modelagens mais sofisticadas.
Essa prática reforça o princípio de que a sustentabilidade não é incerteza: é planejamento de futuro.
4. Da estratégia à vantagem competitiva
Empresas que integram a sustentabilidade em sua estratégia corporativa tendem a reduzir riscos financeiros, atrair investidores ESG e melhorar seu acesso a crédito.
Além disso, fortalecem sua reputação e ampliam a confiança junto a clientes e parceiros, posicionando-se como agentes de transformação.
A mensagem do IFRS S1 é clara: a sustentabilidade deixou de ser um custo — agora é parte essencial da estratégia de valor.
O pilar Estratégia do IFRS S1 conecta sustentabilidade e negócios em um único plano de ação.
Ao aplicá-lo segundo as diretrizes das NBC TDS 01 e 02, as empresas evoluem de um discurso ambiental genérico para uma gestão que mede, planeja e entrega resultados reais — financeiros, sociais e ambientais.
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