O que é o IFRS S1 e como afeta empresas que prestam serviços a grandes companhias?

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O cenário empresarial global vem passando por transformações significativas em relação à transparência, sustentabilidade e governança corporativa. Um dos marcos mais recentes nesse processo é a publicação do IFRS S1, emitido pela International Sustainability Standards Board (ISSB), que estabelece diretrizes para a divulgação de informações relacionadas à sustentabilidade. Embora, em um primeiro momento, a obrigatoriedade de adoção recaia sobre grandes companhias, o impacto indireto chega também às pequenas e médias empresas (PMEs), especialmente aquelas que integram a cadeia de fornecimento de organizações multinacionais ou de capital aberto.

O que é o IFRS S1?

O IFRS S1 – General Requirements for Disclosure of Sustainability-related Financial Information é uma norma internacional que define como as empresas devem divulgar informações de sustentabilidade de forma clara, padronizada e comparável. O objetivo é fornecer aos investidores e demais stakeholders uma visão mais completa dos riscos e oportunidades ambientais, sociais e de governança (ESG) que podem afetar o desempenho financeiro das organizações.

Essa norma faz parte de um movimento mais amplo de unificação das práticas de relato de sustentabilidade, em linha com a crescente demanda por informações confiáveis e consistentes. Junto ao IFRS S2, que foca especificamente em riscos e oportunidades climáticas, o IFRS S1 atua como uma base abrangente para a reportagem ESG no mundo corporativo.

Por que o IFRS S1 importa para as grandes empresas

As grandes companhias, principalmente as listadas em bolsas de valores, estão sujeitas a regras cada vez mais rigorosas de governança e sustentabilidade. A adoção do IFRS S1 se torna estratégica porque:

  • Atrai investidores: empresas que reportam seguindo padrões internacionais são vistas como mais transparentes.

  • Atende exigências regulatórias: diversos países já começam a incluir requisitos de sustentabilidade em suas legislações.

  • Reforça a reputação corporativa: o relato estruturado fortalece a imagem da marca perante clientes, parceiros e sociedade.

Impacto indireto nas PMEs fornecedoras

Embora não sejam obrigadas a reportar diretamente pelo IFRS S1, as PMEs que prestam serviços ou fornecem insumos a grandes companhias devem se preparar para atender novas exigências. Isso acontece porque as grandes empresas, ao elaborar seus relatórios de sustentabilidade, precisam coletar dados de toda a sua cadeia de valor.

Na prática, isso significa que pequenas empresas poderão ser solicitadas a fornecer informações como:

  • Consumo de energia e água em suas operações.

  • Índices de diversidade e inclusão em suas equipes.

  • Políticas trabalhistas e de governança internas.

  • Processos de gestão de resíduos e impacto ambiental.

Ou seja, mesmo sem obrigatoriedade formal, as PMEs acabam sendo pressionadas pelo mercado a alinhar seus processos e registros para não perder contratos importantes.

Benefícios para as pequenas e médias empresas

Apesar de parecer inicialmente um desafio burocrático, adaptar-se às exigências do IFRS S1 pode gerar vantagens competitivas para as PMEs. Entre os principais benefícios estão:

  1. Maior competitividade: empresas preparadas para atender grandes companhias são mais valorizadas na cadeia de fornecimento.

  2. Acesso a novos mercados: organizações internacionais buscam parceiros que compartilhem seus valores de sustentabilidade.

  3. Eficiência operacional: monitorar indicadores ESG muitas vezes leva à redução de custos, como consumo de energia e desperdício.

  4. Fortalecimento da reputação: demonstrar boas práticas aumenta a confiança de clientes e parceiros.

Como se preparar para o IFRS S1

Para as PMEs que desejam se destacar nesse novo cenário, algumas ações práticas podem ser adotadas:

  • Mapear processos internos e identificar quais indicadores de sustentabilidade já são monitorados.

  • Implementar controles simples de gestão ambiental e social, como planilhas de consumo de energia e registros de diversidade.

  • Capacitar equipes para compreender a importância do tema e colaborar na coleta de informações.

  • Buscar apoio especializado, como consultorias contábeis e de sustentabilidade, para estruturar relatórios e alinhar práticas.

O IFRS S1 é um marco na evolução da contabilidade sustentável e, embora seja voltado principalmente às grandes empresas, seus efeitos se estendem por toda a cadeia de valor. As PMEs que prestam serviços a grandes companhias precisam estar atentas às novas demandas, já que a exigência por informações ESG tende a se tornar parte integrante dos contratos e relações comerciais.

Portanto, mais do que uma obrigação indireta, o alinhamento ao IFRS S1 representa uma oportunidade estratégica para pequenas empresas crescerem de forma estruturada, transparente e sustentável.

Quer preparar sua empresa PME às exigências do IFRS S1 e se destacar na cadeia de valor das grandes companhias? Entre em contato com a Contabilidade Ambiental e saiba como podemos apoiar sua jornada de adequação e crescimento sustentável.

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