A sustentabilidade deixou de ser um diferencial e tornou-se uma exigência do mercado. Nesse cenário, o GRI (Global Reporting Initiative) desponta como uma referência global para relatórios de sustentabilidade. Mas como essa metodologia pode fortalecer as empresas brasileiras, inclusive pequenas e médias? Vamos explicar de forma didática e prática.
Índice
O que é o GRI e quais são seus pilares?
O GRI é um padrão internacional para elaboração de relatórios de sustentabilidade que permite que empresas divulguem seus impactos nas dimensões ambiental, social e de governança (ESG).
Seus pilares principais são:
- Materialidade: Identificação dos temas mais relevantes para a empresa e suas partes interessadas.
- Inclusão das partes interessadas: Consideração das expectativas de clientes, colaboradores, comunidade e investidores.
- Contexto de sustentabilidade: Avaliação do desempenho da empresa frente aos desafios globais.
- Completude: Garantia de que o relato abrange os principais impactos de forma transparente.
Por que adotar o GRI? Vantagens internas e externas
Adotar o relato com base no GRI não é apenas uma obrigação para grandes companhias, mas uma oportunidade estratégica para empresas de todos os portes.
Vantagens internas:
- Melhoria na gestão: Ao medir indicadores, a empresa identifica ineficiências e implementa melhorias.
- Redução de custos: A gestão mais consciente de recursos reduz desperdícios e gastos.
- Atração e retenção de talentos: Profissionais valorizam empresas comprometidas com práticas sustentáveis.
Vantagens externas:
- Imagem fortalecida: Clientes e parceiros percebem a empresa como responsável e inovadora.
- Acesso a clientes e financiadores conscientes: Investidores e grandes empresas priorizam fornecedores com boas práticas ESG.
“Se não é medido, não é gerido”
Essa frase resume a importância de indicadores claros. O GRI fornece uma estrutura para que empresas consigam medir e gerenciar seus impactos de forma estratégica.
Exemplo prático 1: Pequena fábrica de cosméticos
Uma PME do setor cosmético decide adotar o GRI para monitorar:
- Consumo de água e energia.
- Procedência de insumos (ex.: fornecedores cruelty free).
- Condições de trabalho e diversidade na equipe.
Em poucos meses, a empresa conseguiu reduzir em 15% o consumo de energia, atraiu novos clientes e se destacou em editais públicos.
Exemplo prático 2: Escritório de engenharia
Um pequeno escritório de engenharia estruturou um relato baseado no GRI para atender exigências de uma construtora parceira. Além de garantir o contrato, o escritório percebeu melhorias na organização interna e começou a ser procurado por outros clientes que buscavam parceiros com visão sustentável.
O papel da Contabilidade Ambiental
A Contabilidade Ambiental auxilia na mensuração e registro dos indicadores de sustentabilidade exigidos pelo GRI. Com ela, mesmo empresas que não têm obrigação legal de relatar podem se destacar no mercado, antecipando tendências e demonstrando compromisso com o futuro.
Adotar o relato de sustentabilidade pelo GRI é um passo estratégico para fortalecer a gestão, reduzir riscos e abrir portas no mercado. Não importa o tamanho da sua empresa: começar agora pode fazer toda a diferença.
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