Definido como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, o processo de logística reversa garante a redução, reutilização, reciclagem ou descarte adequado na geração de resíduos, por parte dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes e representa uma medidas crucial para a utilização consciente dos bens de consumo.
Difundido em indústrias dos mais diversos segmentos no mundo todo, o conceito de logística reversa consiste em duas etapas básicas: coleta + reciclagem e reutilização, e sua relevância para a preservação do meio ambiente tem motivado a criação de novas leis que tornam empresas dos mais variados segmentos legalmente responsáveis por todo o ciclo de vida útil de um produto, promovendo a reutilização ou o descarte correto dos mesmos.
Além de representar um processo vital para o desenvolvimento sustentável do planeta, a logística reversa também é muito vantajosa do ponto de vista econômico. “Retirar os resíduos do meio ambiente e reintegrá-los ao ciclo produtivo garante uma redução significativa de custos com matéria-prima. Essas práticas melhoram, também, a imagem da empresa para o seu público e melhoram o relacionamento com os clientes, que se sentem mais satisfeitos em saber que estão consumindo de uma empresa preocupada com o meio ambiente. A construção de uma sociedade consciente da sua responsabilidade com a natureza depende muito da postura da sociedade como um todo, é preciso educar, conscientizar, promover e realizar ações neste sentido por parte de todos os elos da cadeia, e iniciativas do setor empresarial como a logística reversa é um dos primeiros passos para isso”, detalha Nilo Cini Junior.
Responsabilidade de todos
A indústria é responsável pela aplicação e difusão da logística reversa, mas os cidadãos também tem um papel crucial neste processo colaborando com a coleta seletiva. “Tudo começa com a separação adequada do lixo doméstico. O processo de logística reversa só é possível se cada fonte geradora, como residências, escolas, restaurantes e etc. separar materiais recicláveis tais como papéis, metais, plásticos e vidros dos resíduos orgânicos e descartá-los de maneira correta, entregando-os a cooperativas de reciclagem ou ao sistema de coleta seletiva oferecido pelos governos municipais e estaduais”, explica Nilo. “No caso de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, que não são recicláveis e também não podem ser colocados no lixo orgânico por serem tóxicos, os cidadãos podem fazer sua parte procurando iniciativas que recolhem e dão um fim adequado a esses materiais”, completa o especialista.
Fonte: Blog Sustentável